Os biomateriais são desenvolvidos para imitar materiais biológicos e desempenhar suas funções com o mínimo de efeitos adversos. O ácido hialurônico (AH) é um desses biomateriais, utilizado na área da saúde, devido às suas propriedades biofísicas favoráveis.
Com o avanço dos estudos sobre o envelhecimento e a evolução das técnicas estéticas, houve um refinamento na produção do AH. Resultando em diversas formulações para atender às diferentes necessidades clínicas.
Enquanto alguns profissionais ainda utilizam um único tipo de AH para toda a face, outros reconhecem a importância de escolher a formulação mais adequada para cada região facial. Isso não só otimiza os resultados, mas também minimiza efeitos adversos.
As empresas do setor desenvolvem um portfólio de preenchedores com propriedades biofísicas variadas, incluindo concentração de AH, grau de reticulação, viscosidade, elasticidade, resistência à degradação e interação com os tecidos. Essas características determinam a profundidade, a técnica, o volume e a localização ideais para a aplicação, garantindo uma restauração facial eficaz e natural.
Classificamos os preenchedores de ácido hialurônico em monofásicos e bifásicos, e entender as diferenças entre eles é crucial para alcançar os melhores resultados para os pacientes.
O Que é Crosslink no Ácido Hialurônico?

Crosslink ou reticulação é um processo químico utilizado na formulação de preenchedores dérmicos à base de ácido hialurônico (AH). O objetivo é aumentar sua estabilidade e durabilidade na pele. Esse processo cria ligações entre as moléculas de ácido hialurônico, tornando o gel mais resistente à degradação pelas enzimas naturais do organismo.
O ácido hialurônico natural tem uma meia-vida curta no organismo (cerca de 24 a 48 horas). Para prolongar sua ação, as empresas utilizam agentes de reticulação para conectar as cadeias de AH. E o processo de reticulação é fundamental para transformar suas moléculas lineares naturais em um gel viscoelástico com consistência e durabilidade adequadas para preenchimento dérmico.
Geralmente realizado com agentes como o 1,4-butandioldiglicidil éter (BDDE), cria ligações covalentes entre as cadeias poliméricas do ácido hialurônico. Isso não só estabiliza as moléculas, tornando-as menos suscetíveis à degradação pela hialuronidase, mas também confere ao gel as propriedades físicas necessárias para suportar e manter o volume injetado. Esse processo garante resultados eficazes e duradouros em procedimentos estéticos.
Quais os Tipos de Ácido Hialurônico?
Um dos principais biomateriais utilizados na estética devido à sua versatilidade e propriedades que permitem atender a diversas necessidades estéticas é o ácido hialurônico. O grau de reticulação, ou seja, a forma como as moléculas de AH se conectam, determina os diferentes resultados do ácido hialurônico, tornando-o indicado para diversos tratamentos. A seguir, conheça os tipos mais comuns utilizados nos preenchedores faciais:
Não Reticulado (Livre)
AH não reticulado é o mais simples em termos de estrutura molecular, o que resulta em uma menor durabilidade. Ele proporciona hidratação profunda à pele e profissionais o utilizam amplamente em tratamentos de skinboosters.Sua natureza mais fluida permite uma rápida absorção pelo organismo, proporcionando um efeito imediato de revitalização sem causar volumização significativa.
Levemente Reticulado
Já o AH levemente reticulado passa por uma reticulação parcial, o que aumenta sua viscosidade sem deixá-lo excessivamente denso. Profissionais o utilizam principalmente para preenchimentos superficiais, como linhas finas e olheiras, garantindo um acabamento suave e natural. Ele promove a hidratação e melhora a textura da pele, sem criar volume excessivo.
Altamente Reticulado
Com um grau de reticulação mais elevado, o ácido hialurônico altamente reticulado é mais denso e coeso, o que proporciona maior sustentação e volumização. É ideal para áreas que exigem um efeito mais estruturado, como maçãs do rosto, queixo e mandíbula. Esse tipo de ácido hialurônico restaura o volume facial perdido devido ao envelhecimento e ajuda a redefinir os contornos da face.
O processo de reticulação é fundamental para determinar as propriedades físicas do ácido hialurônico. Permite que diferentes formulações atendam a necessidades estéticas variadas, desde hidratação profunda até a volumização e sustentação facial. Ao escolher o tipo de ácido hialurônico, o profissional deve considerar as características da pele e o objetivo estético desejado.
O Que é Ácido Hialurônico Monofásico?
Monofásico refere-se a uma composição que apresenta apenas uma fase homogênea. No caso do ácido hialurônico monofásico, o gel é uniforme, sem separação entre partículas reticuladas e não reticuladas.
Os preenchedores monofásicos possuem uma textura mais fluida e lisa, facilitando a aplicação e permitindo uma melhor modelagem após a injeção. Além disso, sua estrutura homogênea reduz o risco de nódulos, o que os torna ideais para áreas mais delicadas, como os lábios, olheiras e rugas finas.
Por sua flexibilidade, esses preenchedores proporcionam um acabamento mais natural e os profissionais os recomendam para técnicas que exigem maior precisão e mobilidade da pele. No entanto, a absorção pelo organismo ocorre mais rapidamente, resultando em uma durabilidade menor.
O Que é Ácido Hialurônico Bifásico?
Bifásico significa que a formulação possui duas fases distintas em sua composição. No caso do ácido hialurônico bifásico, temos:
- Fase Reticulada – Composta por partículas estruturadas e firmes, que conferem maior durabilidade e sustentação ao preenchimento.
- Fase Não Reticulada – Atua como veículo para lubrificar e facilitar a aplicação do gel.
Essa separação entre as fases faz com que os preenchedores bifásicos tenham uma textura mais densa, o que os torna ideais para aplicações que exigem maior volumização e sustentação, como nas maçãs do rosto, mandíbula e queixo. No entanto, esses preenchedores exigem uma técnica mais cuidadosa, pois podem formar nódulos se não forem adequadamente modelados após a aplicação.
Quando Utilizar Ácido Hialurônico Bifásico ou Monofásico?

A escolha entre bifásico e monofásico depende da avaliação estética profissional, das características da área tratada, do tipo de resultado desejado e da técnica de aplicação.
Enquanto os preenchedores monofásicos são usados por sua facilidade de modelagem e injeção, os bifásicos oferecem maior durabilidade e expansão com menos gel por aplicação. No entanto, exigem maior habilidade, necessitando de técnica adequada para evitar complicações tardias.
Empresas têm investido em novas tecnologias para superar as limitações dos preenchedores bifásicos e monofásicos. Com o objetivo de combinar os benefícios de ambos os tipos em um único produto. Essa inovação tem dado origem ao que é conhecido como ácido hialurônico de terceira geração, que busca proporcionar o melhor dos dois mundos: durabilidade e naturalidade.
O que É Ácido Hialurônico de Terceira Geração?
O ácido hialurônico de terceira geração representa uma evolução significativa na tecnologia de preenchedores dérmicos, combinando o melhor dos preenchedores monofásicos e bifásicos. A tecnologia avançada de reticulação utilizada pela Alur Medical® garante maior estabilidade ao gel, minimizando riscos de migração, edema e formação de nódulos. Vejamos algumas caracteristicas do ácido hialurônico de terceira geração:
- Tecnologia Avançada de Reticulação: Utilizando processos de reticulação mais sofisticados, esses preenchedores têm uma estrutura mais estável e resistente, o que evita a migração do gel e reduz a possibilidade de formação de nódulos e edema após a aplicação.
- Maior Controle de Viscosidade: Com a precisão no controle da viscosidade, essas fórmulas podem oferecer acúmulo de volume nas áreas que necessitam de sustentação (como mandíbula e maçãs do rosto), enquanto ainda mantêm a flexibilidade e naturalidade nas áreas mais delicadas (como lábios e olheiras).
- Durabilidade Sem Perda de Naturalidade: Uma das maiores inovações é que o ácido hialurônico de terceira geração busca manter a durabilidade dos preenchedores bifásicos, sem sacrificar o acabamento natural. Ele oferece maior tempo de ação sem perder a fluidez necessária para resultados harmoniosos e naturais.
- Redução de Efeitos Adversos: Ao combinar as vantagens dos preenchedores monofásicos e bifásicos, esses novos preenchedores têm menor risco de reações indesejadas, como edema prolongado, migração do produto ou formação de nódulos.
Quais as vantagens de FinahFil: ácido hialurônico de terceira geração?
O FinahFil, ácido hialurônico de terceira geração, oferece diversas vantagens que o diferenciam no mercado de preenchedores dérmicos:
Versatilidade: Sua tecnologia permite aplicação em diversas áreas da face, proporcionando precisão e flexibilidade, sendo ideal tanto para regiões delicadas (como lábios e olheiras) quanto para áreas que necessitam de maior sustentação (como mandíbula e malar).
Maior Estabilidade: Graças à sua avançada tecnologia de reticulação, apresenta maior resistência à degradação, garantindo um preenchimento mais duradouro sem comprometer a naturalidade.
Melhor Integração com o Tecido: Sua estrutura permite uma integração mais homogênea ao tecido, reduzindo o risco de migração e proporcionando um resultado mais suave e natural.
Essas características fazem do FinahFil uma excelente escolha para profissionais que buscam um preenchedor seguro, duradouro e altamente eficiente.

Conclusão
A escolha entre ácido hialurônico monofásico ou bifásico depende de vários fatores, como a área tratada, a necessidade de volumização ou hidratação e a durabilidade desejada. Selecione o medicamento de acordo com a necessidade clínica do paciente.
Se o objetivo é preencher e dar volume, especialmente em áreas mais profundas ou para contorno, os profissionais preferem o bifásico, pois sua maior densidade e resistência garantem melhores resultados. Além disso, sua estrutura reticulada reduz a absorção pelo organismo, proporcionando maior durabilidade. Já o monofásico é absorvido mais rapidamente, tendo uma duração relativamente menor. A aplicação do bifásico exige mais habilidade, pois sua alta densidade pode formar nódulos se não for bem distribuído. Portanto, quem busca resultados mais estruturados se beneficia do bifásico, que, quando bem trabalhado, oferece um impacto estético significativo.
O desenvolvimento do ácido hialurônico de terceira geração representa uma verdadeira revolução na área dos preenchedores dérmicos. Ele reúne o melhor dos preenchedores monofásicos e bifásicos, proporcionando um equilíbrio entre volumização, sustentação, naturalidade e durabilidade. Esse avanço permite que os profissionais da estética ofereçam tratamentos ainda mais eficazes e seguros, atendendo às necessidades específicas de cada paciente, sem comprometer a qualidade do resultado.