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Curso:

Microagulhamento

2. Fisiologia da Pele: Estrutura e Funções das Camadas

Professor da aula:

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Bárbara Markezin Kunst

  • CRBM-5: 3266

Graduada em Biomedicina, especialista em Biomedicina Estética e mestranda em Bioquímica pela Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). Atualmente, atua como responsável técnica na Alur Medical, empresa fundada em 2017 em Novo Hamburgo, Rio Grande do Sul, dedicada ao desenvolvimento de produtos para os setores médico, estético e odontológico. Além de sua função na Alur Medical, Bárbara ministra cursos e workshops na área de Biomedicina Estética, compartilhando seu conhecimento em técnicas como microagulhamento, intradermoterapia e aplicação de toxina botulínica.

Conteúdo da Aula:

Fisiologia da Pele e Suas Camadas

  • Introdução à Fisiologia da Pele
  • Epiderme: A Camada Mais Externa
  • Derme: A Camada Intermediária
  • Hipoderme: A Camada Mais Profunda
  • A Importância das Camadas da Pele no Microagulhamento

A pele, o maior órgão do corpo humano, desempenha uma série de funções essenciais para a nossa saúde e proteção. Além de atuar como uma barreira física contra agressores externos, ela regula a temperatura, permite a sensação de toque e participa do sistema imunológico. Para entender como esses processos acontecem, é fundamental conhecer a estrutura da pele, que é composta por três camadas principais: epiderme, derme e hipoderme. Cada uma dessas camadas tem funções específicas e é formada por diferentes tipos de células e tecidos.

Epiderme: A Camada Mais Externa

A epiderme é a camada mais externa da pele, sendo responsável por atuar como uma barreira protetora contra o meio ambiente. Sua principal função é proteger o corpo de microrganismos, radiação ultravioleta, substâncias químicas e outras agressões externas. Além disso, ela é a responsável pelo tom da nossa pele, devido à presença de células especializadas chamadas melanócitos, que produzem melanina.

A epiderme é composta por cinco subcamadas que desempenham papéis distintos:

  1. Estrato Córneo: Esta é a camada mais superficial da epiderme e está composta por células mortas, ricas em queratina, que formam uma barreira forte e resistente. Essas células são constantemente eliminadas e substituídas por novas células da camada abaixo.
  2. Estrato Lúcido: Esta subcamada é visível apenas em áreas de pele mais espessas, como nas palmas das mãos e nas solas dos pés. Suas células são transparentes e continuam o processo de queratinização.
  3. Estrato Granuloso: Nessa camada, as células começam a morrer e a liberar substâncias que contribuem para a formação da camada protetora de queratina.
  4. Estrato Espinhoso: Também conhecido como camada espinhosa, é aqui que as células da epiderme se conectam umas às outras por meio de desmossomos, estruturas que fornecem resistência à camada.
  5. Estrato Basal: Esta é a camada mais profunda da epiderme, onde ocorre a mitose celular, ou seja, a divisão celular que gera novas células da pele. É aqui que se encontram os melanócitos, que produzem a melanina, o pigmento que dá cor à pele.

Na epiderme, encontramos também três tipos importantes de células:

  • Células de Merkel: São responsáveis pela percepção de toque. Essas células estão conectadas às terminações nervosas e são ativadas sempre que recebemos algum tipo de pressão ou estímulo tátil na pele.
  • Células de Langerhans: Atuam como a primeira linha de defesa do sistema imunológico. Elas identificam e capturam microrganismos ou substâncias estranhas que entram em contato com a pele, iniciando a resposta imune.
  • Melanócitos: São as células que produzem melanina, o pigmento responsável pela coloração da pele e pela proteção contra os danos causados pela radiação UV.

Essas células trabalham em conjunto para garantir a proteção, sensibilidade e regeneração da epiderme. O contínuo processo de renovação da pele ocorre na epiderme, onde novas células são constantemente formadas e empurradas para as camadas superiores até que sejam eliminadas.

Derme: A Camada de Sustentação

Logo abaixo da epiderme, encontramos a derme, que é a camada intermediária da pele e, em muitos aspectos, a mais importante em termos de estrutura e função. A derme é muito mais espessa que a epiderme, sendo de 10 a 40 vezes mais espessa, e é composta por fibras de colágeno e elastina, que conferem à pele sua elasticidade e resistência. Essa camada é também o lar de estruturas vitais, como folículos pilosos, glândulas sudoríparas, glândulas sebáceas, vasos linfáticos e vasos sanguíneos.

A derme desempenha o papel de tecido de sustentação da pele, fornecendo nutrição e energia para as camadas superiores, além de ser essencial no processo de regulação térmica e cicatrização. Essa camada é dividida em duas subcamadas:

  1. Camada Papilar: É a parte mais superficial da derme, situada logo abaixo da epiderme. Essa camada é composta por uma rede frouxa de fibras de colágeno e elastina e contém capilares sanguíneos que fornecem nutrientes para a epiderme. Além disso, essa camada é rica em terminações nervosas sensoriais, o que a torna muito sensível ao toque, dor e temperatura.
  2. Camada Reticular: A camada mais profunda da derme, que é composta por fibras de colágeno mais densas e organizadas em uma matriz mais firme. Essa parte da derme é responsável por proporcionar à pele sua resistência e elasticidade, permitindo que ela suporte traumas e estique sem se danificar. Além disso, a camada reticular abriga as glândulas sudoríparas, glândulas sebáceas e os folículos pilosos.

A derme também está fortemente envolvida no processo de cicatrização. Sempre que ocorre uma lesão na pele, é a derme que inicia o processo de reparação, estimulando a produção de novas fibras de colágeno para substituir o tecido danificado. Isso é especialmente importante em procedimentos estéticos como o microagulhamento, onde a criação controlada de microlesões na derme estimula a regeneração celular e a produção de colágeno novo.

Hipoderme: A Camada Mais Profunda

A hipoderme, também conhecida como camada subcutânea, é a camada mais profunda da pele. Ela é composta principalmente por tecido adiposo (gordura) e tecido conjuntivo frouxo, além de ser altamente vascularizada, o que significa que é rica em vasos sanguíneos. Essa camada desempenha várias funções importantes, como:

  • Isolamento térmico: A gordura presente na hipoderme atua como um isolante natural, ajudando a manter a temperatura corporal estável.
  • Amortecimento contra impactos: A hipoderme protege os órgãos internos e os tecidos subjacentes contra traumas físicos.
  • Armazenamento de energia: O tecido adiposo da hipoderme armazena lipídios, que podem ser utilizados como fonte de energia em momentos de necessidade.

Além dessas funções, a hipoderme também conecta a pele aos músculos e ossos subjacentes, mantendo a pele fixada ao corpo de maneira flexível, o que permite o movimento sem que a pele seja danificada.

Importância das Camadas da Pele no Microagulhamento

O conhecimento das três camadas da pele – epiderme, derme e hipoderme – é essencial para entender como técnicas como o microagulhamento funcionam. O microagulhamento atinge principalmente a derme, onde estimula a produção de colágeno e elastina, levando à regeneração da pele e à melhoria de sua textura e firmeza.

Ao conhecer a fisiologia da pele, o profissional estético pode ajustar a profundidade das agulhas e a intensidade do tratamento de acordo com a condição específica da pele do paciente, garantindo um procedimento seguro e eficaz. Por exemplo, tratamentos mais superficiais podem envolver apenas a epiderme e a camada papilar da derme, enquanto tratamentos mais profundos podem penetrar até a camada reticular, promovendo uma regeneração mais intensa.

Conclusão

A pele é um órgão complexo, composto por três camadas principais – epiderme, derme e hipoderme – que trabalham juntas para proteger o corpo e regular funções essenciais. Cada camada desempenha um papel importante na saúde e aparência da pele, e o conhecimento detalhado dessas camadas é fundamental para profissionais que realizam tratamentos como o microagulhamento.

Compreender a fisiologia da pele permite que o profissional estético ajuste suas técnicas para obter os melhores resultados possíveis, respeitando os limites da pele e garantindo a segurança do paciente.

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